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22/01/2019

Varejo & Consumo

Fluxo intenso faz de corredores pontos estratégicos para quiosques

Poucos metros podem fazer diferença nas vendas, afirma sócio-fundador de franquia

da Redação

Ruas em que há grande passagem de pedestres, normalmente oferecem boas oportunidades para os negócios. Não é à toa que a localização é um dos fatores mais importantes na hora de escolher o ponto em que um comércio será instalado. A mesma lógica vale para o interior dos shopping centers: locais com maior fluxo de pessoas podem gerar mais vendas. Por isso, os quiosques vêm se tornando uma opção cada vez mais relevante para os empreendedores.

"O corredor é muito mais visível que a loja e serve para qualquer tipo de comércio ou serviço. A pessoa está passando, vê a vitrine de um quiosque e acaba comprando, ou então tem a curiosidade de conhecer o produto. A loja tem a barreira física, porque a pessoa tem de entrar, então o vendedor fica tentando convencê-la a fazer isso. No quiosque, os produtos já estão expostos, logo, a facilidade de vê-los é muito maior", explica Eduardo Calheiros, consultor de mall e mídia do Natal Shopping, localizado na Candelária, ... zona sul da capital do Rio Grande do Norte.

Cerca de 500 mil pessoas passam pelo Natal Shopping mensalmente. Esse fluxo intenso valoriza os espaços onde os quiosques são colocados. "Se você considerar o valor por metro quadrado, os aluguéis dos quiosques são mais caros. Isso ocorre pela exposição que eles possuem. Todo mundo passa pelo corredor", justifica Calheiros. "Cada vez mais as empresas colocam seus produtos no corredor, e as franquias estão desenvolvendo modelos de quiosque também pela rentabilidade", afirma.

Divulgação estratégica

A Bubble Mix Tea é uma empresa especializada no preparo do bubble tea, uma bebida de origem taiwanesa que mistura chá com outros ingredientes, como café, cremes, essências de frutas, pérolas de tapioca e jellys ("gelatininhas"). Cerca de 80% das lojas da franquia são quiosques, cuja grande maioria está localizada em corredores de shoppings e hipermercados.

"Desde o princípio desenhamos uma estratégia para que tivéssemos o melhor aproveitamento dentro de shoppings – daí a importância dos corredores", diz um dos sócios-fundadores da Bubble Mix Tea, Rodrigo Balotin.

Dono de quatro franquias da empresa – duas em hipermercados gourmet de Curitiba (PR) e outras duas em shoppings de Florianópolis (SC) e Balneário Camboriú (SC) –, Marco Zanardini afirma que a estratégia ajuda a divulgar a bebida.

"O produto é mundialmente conhecido há mais de 25 anos, mas chegou no Brasil há apenas dois, trazido pela franquia. Ele ainda encontra uma certa resistência porque é produto taiwanês e uma bebida à base de chá. Quando você coloca uma novidade como essa para que as pessoas 'esbarrem' no quiosque, facilita a percepção do produto", afirma Marco Zanardini. "Minha percepção como franqueado é que há um retorno fantástico dessa opção."

Espaço reduzido: prós e contras

Por causa do tamanho reduzido, os quiosques têm particularidades que demandam uma logística especial.

"Uma facilidade da loja é ter estoque no mesmo local", destaca Eduardo Calheiros. "Quem trabalha com um quiosque tem que ter um estoque reduzido ou alugar um depósito à parte. Algumas coisas demandam um pouco mais de trabalho", explica o consultor de mall e mídia do Natal Shopping.

A média dos quiosques da Bubble Mix é de 9,5 metros quadrados, o que normalmente torna necessária a locação de um espaço à parte para reservar embalagens e ingredientes. "Dos quatro quiosques que tenho, preciso de espaço de armazenagem externo para todos", diz Zanardini. Entretanto, o empreendedor ressalta que há vantagens na metragem diminuta. "Num espaço restrito, utilizando uma metodologia de produção Toyota, consigo organizar um fluxo de funcionamento no qual meus atendentes produzem mais e se deslocam menos. É um ganho, porque não se cansam tanto", destaca.

Dicas para o sucesso no corredor

"Para um quiosque fazer sucesso, o principal fator, além de bons produtos, é ter uma vitrine que chame a atenção do cliente", opina Eduardo Calheiros.

Rodrigo Balotin, por sua vez, recomenda que o corredor, onde se pretende ter um quiosque, seja visitado muitas vezes. O sócio-fundador da Bubble Mix afirma que não é possível se basear apenas em estudos sociodemográficos dos consumidores de determinados locais, existem outras variáveis a serem consideradas.

"Tentamos passar o maior tempo possível no shopping, em períodos diferentes, para entender se determinado corredor tem o fluxo necessário. O impacto no resultado do negócio é muito grande. Em alguns locais, até mesmo uma pequena distância (de cinco metros) pode ter um impacto muito relevante na operação", garante.

*Matéria elaborada com a colaboração da Eaco Consultoria, que atende a Bubble Mix, e da Rui Cadete Consultores e Auditores Associados, que assessora quatro shoppings do Grupo Ancar, do qual o Natal Shopping faz parte.

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